terça-feira, 22 de dezembro de 2009

As primeiras férias no meio do Atlântico

Santa Maria.
Foi esta a minha primeira tentação na chegada. Ainda não tinha os pés na terra e já sentia a minha presença em Santa Maria. Olhar pela janela e ter a certeza que me aproximava da minha maravilhosa ilha foi como ter o mundo inteiro nas minhas mãos.

Mar.
A minha praia formosa que nem num dia de chuva e frio me deixou de surpreender. Tinha saudades, sobretudo, do cheiro intenso do mar, do salitro, do barulho das ondas a rebentar, da encontas preenchida de cores que mudam consoante o tempo... Foi um momento harmonioso de paz interior e satisfação pessoal.

Família.
Ninguém imgania o quão bom é reunir estes reguilas todos dentro da carroça do Pai Natal. Enche a alma e o coração. Crescidos, bonitos e sempre traquinas são alguns dos elementos da minha família gigante de quem tinha imensas saudades.
Natal.
A todos desejo o melhor Natal de sempre. Espero que o passem com as pessoas de quem mais gostam e partilhem com elas todo o amor que têm para dar, pois só assim faz sentido comemorarem esta época natalícia. O meu vai ser belíssimo!!!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sentimentos


A música intimida-me e o pôr do Sol abraça-me. São duas realidades do meu mundo, na sua totalidade.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

"Vou livre para onde vou, mas para onde vou nada existe"

domingo, 25 de outubro de 2009

O frio já começa a dar sinais da sua presença. Imagino-me com um casaco bem quente, luvas e gorro a passear pela Baixa a sentir aquele frio de Inverno por baixo das luzes de Natal. É a esta imaginação que chamo viver incondicionalmente de todas as formas.
Aqui em casa ouve-se música e sonha-se. Que bom é sentirmo-nos em casa num conforto tão próprio que nos proporciona os melhores prazeres da vida. É um misto de sensações indescritíveis, mas vividas intensamente.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


Eu e o Beiças sentimo-nos em casa. É bom quando assim é.

sábado, 3 de outubro de 2009

Mar, metade da minha alma é feita de maresia

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Partida



Agora é o tempo de pensar nas malas: grandes, compridas, coloridas, leves, pesadas, com rodas, sem rodas... nada disto interessa, quero o conteúdo, isso sim interessa!
Nesta preparação para a nova vida, não sei aquilo que devo levar. Não falo de materiais, não falo de coisas que não passam de simples coisas. Falo antes de mim, das minhas vivencias, memórias, aprendizagens e recordações. Apesar de seguirmos o nosso caminho, dia após dia, noutros rumos, não nos podemos esquecer daquilo que já passou, daquilo que fomos, do que deixamos.
A viagem é longa, mas acredito que as minhas malas de todas as cores e feitios irão conseguir transportar tudo aquilo que a vida me deu e me ensinou, deixando sempre um espaço para guardar aquilo que irei encontrar agora.
Para esta formosa e fantástica ilha, um beijo de saudade e nostalgia. Em Dezembro voltarei para abraçar o meu recanto!

domingo, 6 de setembro de 2009

2351m









Para terminar o Verão em grande, nós (Inês, Isabel e Helenita) partimos à descoberta de um novo mundo! O sonho sonhado e imaginado levou-nos a subir o ponto mais alto de Portugal. Aos 2351m de altitude, tanto vimos o pôr como o nascer do sol. As cores, as emoções, o nervoso, as sensações são indescritiveis. Chegar ao topo e sentirmo-nos bem por termos conseguido e tão insignificantes num mundo onde cada dia pode ser mais uma descoberta, mais uma aventura, mais uma emoção.
A ilha do Pico está envolvida numa magia que nem eu consigo descrever. As pessoas, as paisagens, o clima fez-nos viver uns dias plenos de turístas de mapa na mão em busca do melhor que o Pico tinha para nos dar.
Fiquem com estes momentos. Eu ficaria mesmo por lá...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Recanto


Este é o meu local de eleição. É por aqui que ando. Espero cá voltar sempre que me for possível. O mar, o céu, a areia, as montanhas, o sol, a lua, as estrelas, a brisa, o vento, as pessoas, o crepúsculo, as cores, as vivências, o lar, os sorrisos, a liberdade, as recordações, as emoções,a nostalgia... a grande nostalgia!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Migas


É a minha companheira de Verão, destas últimas semanas. Ladra à minha chegada, pula de alegria, passeia comigo, vamos ver o mar, conversamos, dá-me lambidelas na cara... tão bom!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Não me esqueço do recado
Nem de um gesto ocasional

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Encontros


Ela olhava para mim. Os seus olhos claros brilhavam. Aquele tom azulado metia-me medo. Via de longe. Abandonada. Sozinha. Tal como vemos o horizonte e queremos chegar a ele, eu queria chegar a ti. Mas não sabia. Estavas ali, lá, além. Escondias-te em ti mesma. Pensei em libertar-te. Acelerei o passo. Aproximei-me. Com calma. Encolheste-te. Agarraste-te em ti própria. Estavas com medo de te libertares. Analisei o teu rosto coberto. Contemplei os traços do teu corpo. Ali estava ela. Que náusea. Que angústia. Baixei-me. Ficámos frente a frente. Continuavas frágil. Olhei-te. Derreti-me com a tua disponibilidade. Quis tirar-te o pano que te envolvia a face. Não tive coragem. Ias ficar ferida. Eu não queria isso para ti. Sorriste delicadamente pela primeira vez. Senti-me correspondido. Não quis incomodar-te mais. Levantei-me. Com ternura encarei o que me transparecias. Continuei a linha da minha vida. Ao caminhar apeteceu-me olhar para trás. Ver-te mais uma vez. Quando o fiz já não estavas lá. Hoje deixo as minhas pegadas. O vento levar-nos-á a um próximo encontro.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Barco de remos

Era demanhã cedo. Quando abri a janela senti um calor intenso. O primeiro pensamento foi sair do palheiro. O campo estava ainda mais verde. Eu via um contraste de cores (verde, castanho, azul) que se completavam. O sol estava lá em cima. O vento não se fazia sentir. Desci duas escadas do alpendre. Sentei-me na minha bicicleta antiga, com duas rodas gigantes, um sininho e um cestinho. A minha túnica verde, amarela, laranja, violeta e azul dava-me vida. Comecei a pedalar sem destino. Ao longe pareceu-me ver um lago. Aproximei-me. Era gigante. Encostei a bicicleta a uma árvore. Sentei-me à beira do lago e descalcei os meus sapatos de menina. Olhei para a água e apercebi-me do meu reflexo. Os meus olhos brilhavam. A minha boca parecia frágil. Os cabelos estavam delicados e caiam-me pelo rosto. Estava com uma expressão harmoniosa. Ri-me imenso de me ver a mim mesma. A minha mão apagou essa emoção. Levantei-me. Chapenhei ao longo do lago. Corri iluminada pelo sol e às gargalhadas. De cansaço atirei-me para a relva fofinha. Quando ergui a cabeça vi um barco de remos ao fundo. Estava lá um rapaz e vinha na minha direccção. Fui ao cestinho da bicicleta e tirei a minha máquina fotográfica. Tirei-lhe uma fotografia de longe. Depois, mais de perto. E mais perto ainda. Ele sorria para mim. Convidou-me a entrar para o barco. Entrei sem falar. A seguir, perguntei: "podes ensinar-me a remar?". Ele aproximou-se de mim e ensinou-me. Dei uma gargalhada. Ele olhou-me nos olhos. Tive um arrepiu. Ele voltou a sorrir. Levantei-me no barco. Quis aproveitar aquele momento de liberdade. Ele puxou a minha túnica para si. Caímos na água. Os corpos estavam molhados. Aproximei-me. Ficamos ali a olhar um para o outro a centímetros de distância. Olhávamos com os olhos, com o nariz, com a boca, com os ouvidos, com as mãos, com todos os sentidos. Uma emoção sentida para todo o sempre. Um olhar de prazer...

terça-feira, 23 de junho de 2009

As sensações são os detalhes que constroem a história da nossa vida

Oscar Wilde

domingo, 21 de junho de 2009

Ao longe



Ao longe descobri que conseguia ver melhor do que ao perto.
Ao longe encontrei um significado para as coisas.
Ao longe senti uma grande paz interior.
Ao longe reconheci todo o mundo.
Ao longe analisei os porquês dos elementos que nos rodeiam.
Ao longe a Natureza parecia ser rainha.
Ao longe acreditei que eu também poderia ser um horizonte.
Ao longe a matéria deixou de me interessar.
Ao longe dei valor ao sentimento espiritual.
Ao longe criei uma visão simplista, mas harmoniosa.
Ao longe amei as coisas na sua essência.
Ao longe as verdadeiras paixões permaneceram.
Ao longe entreguei-me, a mim, às emoções, às sensações, aos pensamenos, às reflexões...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Era uma vez...


Faz-me lembrar a infância. Dava para me inspirar num conto para crianças!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Eugénio de Andrade, Mar de Setembro

Eros

Nunca o Verão se demorara
assim nos lábios
e na água
- como podíamos morrer,
tão próximos
e nus e inocentes?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A vida é um sonho que se vive através de pensamentos imaginativos e cheios de cor. Tudo isto porque existe uma vontade dentro de nós que, inconscientemente, vai brincando com os momentos e com os pensamentos. Sem nos apercebermos aquilo que nos parece ser ilusão é a realidade. Uma realidade vivida intensamente mesmo que seja ilusão. Tudo é tudo. Nada é nada. No fim não resta nada, mas temos tudo. Pelo menos acreditarei que o nada e tudo se complementam sem contradições que nos fazem sofrer. Do nada eu retiro o tudo. Do tudo eu escolho o nada. Dá certo!

sábado, 23 de maio de 2009

Imagine


Já sinto o cheiro, já sinto o desejo de voar e sonhar outra vez...

domingo, 3 de maio de 2009

Um sonho realizado... uma mensagem na garrafa!


I love nature's power and magic of a mensage in the bottle... For now, forever, just love, just restart!

domingo, 12 de abril de 2009

Pé ante pé.
Um arrepiu por dentro.
Cabelos ao vento.
Viver loucamente.
A vida de loucuras.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Aiii... e existem aqueles dias em que nos apatece fazer tudo e nada...

Ponho o gira discos a rodar e fico somente a pensar que nós não passamos disto e daquilo, que somos o espelho daquilo que queríamos ser e pensamos não o ser, que isto e que aquilo, que confusão!

Afinal?

O melhor de tudo, é mesmo dizer, pensar e fazer tolices. Olhar o mundo e sorrir!

Patapum

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Só quero um livro na mesinha de cabeceira

Entrar no quarto. Apagar todas as luzes. Guardar uma vela que ilumina. Deixar a roupa deslizar pelo corpo até cair levemente. Enfrentar a nudez harmoniosa. Olhar pelo canto da janela. Ouvir a Lua a segredar. Sentir a energia das estrelas. Observar as cortinas a tremer. Deitei-me em cima dos cobertores. Imaginei a pintura gravada na parede à minha frente. Liguei a aparelhagem. Suavemente fui ouvindo o ritmo que me envolvia. Rasguei o ar com brutalidade. Apareceste. As mãos falaram por si, num só toque. Abraçamo-nos no colchão. Desviaste-me o cabelo. Pintaste a minha personalidade e sorriste. Dei-te um beijo. Percebi que aquele tinha sido o nosso momento. Deitamo-nos de mansinho. Muito próximos. Muito cúmplices. Sentimos o virar de uma página. Ficamos ali. Simplesmente. A vela desvaneceu.

Ter um livro na mesinha de cabeceira, qualquer um o pode ter. Saber lê-lo, não é para todos. Ir virando as páginas tranquilamente é difícil, mas assim se aprende a viver.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Só quero um café quente pela manhã

Acordar e sentir o calor de alguém. Abrir a janela e deixar-me ficar a sentir a brisa. Um pássaro há-de pousar e cantar, uma folha há-de cair no rebuliço. Descalça e com pés de cinderela, percorro a casa. Sento-me no jardim na cadeira de embalar. Sinto a Natureza e a paz envolvente ao contemplar o lago que fica à minha frente. (Nada. Ninguém. Só eu e os meus desejos). Entro em casa e acendo a lareira. Deito-me no chão com o lápis e papel. De relance a presença de um ser é sentida. Os meus cabelos deslizam pelas costas enquanto brinco aos sorrisos. O olhar faz o pedido para que fique ali bem perto. O convite está feito. Ficamos os dois ali. Simplesmente a viver. Simplesmente a imaginar. Simplesmente a sonhar. Não queremos saber porquê. Só queremos abraçar a madrugada e deixarmo-nos levar.

Cada um de nós tem um pacote de açúcar para desfrutar. Fará mal? Não podemos ter medo de experimentar algo novo no nosso café da manhã. Viver, somente viver!
quero voar
pedir ao céu
o sopro de uma canção

suave e leve
como anoitecer

estrelas que sussuram
enquanto a lua me conta como está
ou quer estar
e não está

escuto o silêncio da conversa
como é bom velejar pela noite dentro
com um amante
a minha eterna e fiel companhia

envolvida no vazio dos pensamentos
singela e doce vida
abraçada amanhã...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

quero imaginar que sou o que digo
e a minha mente brilharia
como as estrelas do céu.

mas as estrelas já não brilham
e eu não sei quem sou.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Olhar para o infinito e deixarmo-nos sorrir. A quem não aconteceu isso? É belo. É delicado. É simples. É humano.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Just Perfect

Tenho mais pena dos que sonham o provável, o legítimo e o próximo, do que dos que devaneiam sobre o longínquo e o estranho. Os que sonham grandemente, ou são doidos e acreditam no que sonham e são felizes, ou são devaneadores simples, para quem o devaneio é uma música da alma, que os embala sem lhes dizer nada. Mas o que sonha o possível tem a possibilidade real da verdadeira desilusão. Não me pode pesar muito o ter deixado de ser imperador romano, mas pode doer-me o nunca ter sequer falado à costureira que, cerca da nove horas, volta sempre a esquina da direita. O sonho que nos promete o impossível já nisso nos priva dele, mas o sonho que nos promete o possível intromete-se com a própria vida e delega nela a sua solução. Um vive exclusivo e independente; o outro submisso das contingências do que acontece.

Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'

domingo, 11 de janeiro de 2009

Uma caixa de desejos que tenho guardada dentro de mim

Acordar e sorrir. Abanar os cabelos molhados. Dar uma cambalhota. Pôr o rádio no máximo. Cantar espontaneamente. Fazer caretas. Pular em cima da cama. Dar um beijão. Dizer adeus a alguém que passa. Ficar de janela. Tomar um banho quente com espuma. Deitar ao pé da lareira. Viajar em sonhos. Comer gelatina e lamber os dedos. Derramar um balde de água por cima de nós próprios. Olhar ao espelho. Embalar um bébé. Mamar no dedo. Chorar de alegria. Dar um abraço. Contar uma história. Cheirar uma flor. Dar um mergulho no mar. Escrever na areia. Passear o cão. Imitar os pássaros a voar. Caminhar de mão dada. Colher uma laranja. Beber chá de canela. Puxar os cabelos. Comer gelado. Apontar o secador para alguém. Tirar fotografias. Ver o pôr do Sol. Sentir o Vento. Contemplar as estrelas. Falar com a lua. Escrever uma canção. Olhar nos olhos de alguém. Falar no silêncio. Guardar um segredo. Pintar uma parede às cores. Experimentar a liberdade de viver.

Esta é a sensação de que sermos loucos é completamente gratificante.
Mistério de caminhar sem saber para onde vou...

sábado, 10 de janeiro de 2009

O meu poema

Um sorriso meigo acalma-me o espírito. Por isso, passo a vida a sorrir. Não me importo de transmitir um acto de ternura e fazer estremecer a interioridade de alguém.

Vou passeando e transportando uma calma que me permite disfrutar de todas as sensações que os meus sentidos captam. Os ouvidos ouvem o som da Natureza. O nariz cheira a sua frescura. Os olhos vêem o que o coração sente. As mãos imaginam a beleza de um carinho. A boca saboreia as palavras pensadas.

Envolvo-me num abraço imaginário que me dá tudo o que consigo receber. Fico parada para poder apreciá-lo e memorizá-lo para sempre recordar. Sonho perdidamente e sem qualquer limite.

Não sei escrever poesia, mas este é o meu poema!