na varanda estaria muito melhor (pensei). fui buscar aquela garrafa que me tinhas trazido para uns dos nossos jantares. sentei-me no chão frio com um copo numa mão e a garrafa noutra. e pensei que naquele momento poderia ter uma noite diferente. sozinha. foi então que me apercebi de que não sabia estar sozinha. enchi o copo e bebi. já me sentia acompanhada. eram turbilhões de pensamentos. tantos, tantos, tantos e tu ias e vinhas como quem não quer ficar. percebo-te. (percebo-te porque sei que a tua paragem não é a mesma que a minha. mas sei que um dia hei de voltar. um dia tu também hás de voltar. o dia pode não ser o mesmo. mas o motivo será). volto a bebericar o vinho. a varanda é grande demais para uma só pessoa. mas hoje quero-a assim, só para mim.
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