domingo, 10 de outubro de 2010

Imaginem a correria do mundo. Imaginem a pouca atenção que temos para com o outro. Imaginem os poucos sorrisos que fazemos. Imaginem a pouca alegria que demonstramos. Imaginem o pouco carinho que damos. Imaginem o pouco que aproveitamos... Agora que já imaginaram tudo isso, percebem que são muito poucos aqueles que não o conseguem imaginar porque não são assim. E ele não era! E ele é o meu tio Max.
Cada um tem um lugar específico no nosso coração. Eu sei que estás no coração de muitas pessoas por aquilo que eras na tua simplicidade. A vida são momentos e acredito que o tenhas ensinado a todos aqueles que se cruzaram contigo. Era uma maneira de estar na vida de forma muito peculiar: carinho, amizade, aventura, curiosidade, boa onda, aprendizagem, arte!
Palavras? Palavras já estão gastas como diria Eugénio de Andrade. Palavras só para me reconfortar a mim mesma por não poder passar mais momentos contigo. Vou ter saudades do teu sorriso e da alegria que transportavas incondicionalmente. Vou ter saudades da tua curiosidade de conhecer bem o outro. Vou ter saudades das tuas brincadeiras. Vou ter saudades das tuas festinhas e dos teus beijinhos. Vou ter saudades dos elogios que me fazias melhor que ninguém. Vou ter muitas saudades tuas.
Lembro-me da última "fotografia" que te tirei e de pensar que seria a última. Custou-me ver-te partir, mas custou-me ainda mais ver-te sofrer. Onde quer que estejas, estarás sempre no meu coração para alegrares o meu dia-a-dia e fazeres-me ver que a vida é muito mais do que uma simples vida. É a construção que fazemos do nosso caminho e ainda bem que fizeste parte do meu.
Sempre que sentir pressão no meu caminho, na minha vida, vou beber um fino e pensar no que um dia disseste: "Pressão? Pressão só nos finos!" Eras assim... um beijinho.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um beijinho Elenita.
Não me vou esquecer. E se não puder tomar um fino, sei lá, vou tomar uma Sprite.
O teu tio "entrou" nas nossas casas nos melhores momentos e fez parte das nossas vidas. Soube fazê-lo e continua presente nas memórias que registou e na sua memória que ele próprio construiu desta forma natural que tão bem soubeste expressar.
Nada compensa esta partida, mas penso que é compensador esta presença que ele deixa a todos nós.
Natália